sábado, 25 de dezembro de 2010

Comemoração do Natal

Guilherme Lieven *

Jesus nasceu no ano 6 ou 7 antes da era cristã.
A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto.

Natal é a celebração do grande amor de Deus, o dia em que Deus nasceu no mundo, trazendo paz, luz, amor, esperança, uma nova aliança, uma nova vida. O Filho de Deus, Jesus de Nazaré, nasceu em Belém, como uma criança humilde e marginalizada e encontrou todos e todas neste mundo, oferecendo-lhes a presença e a reconciliação de Deus. Em torno deste acontecimento há muitas decisões e tradições herdadas do passado.

Nos relatos bíblicos não encontramos nenhuma referência sobre a data do nascimento de Jesus. Naquela época os calendários eram muito confusos. Os antigos calendários romanos tinham, às vezes, semanas de quinze dias e meses de dez dias, de acordo com a vontade do Imperador reinante. O povo em geral não conhecia as datas de nascimento, casamento ou falecimento. Não existem registros históricos a respeito de "Festas de Aniversário" na Antigüidade.

Sobre o nascimento de Jesus sabemos muito pouco. Ele nasceu antes da morte de Herodes Magno (Mt 2.1; Lc 1.5), que faleceu na primavera de 750 da era romana, quer dizer: no ano 4 antes de Cristo. Conforme estudos o ano mais provável do nascimento de Jesus é 7 ou 6 antes da era cristã.

As primeiras comunidades cristãs não comemoravam o nascimento de Jesus. Somente a partir do ano 350 o Natal começou a ser comemorado no dia 25 de dezembro. Em torno da escolha desta data há uma longa história.

Os Celtas, por exemplo, tratavam o Solstício do Inverno, em 25 de dezembro, como um momento extremamente importante em suas vidas. O inverno ia chegar, longas noites de frio, por vezes com poucos gêneros alimentícios e rações para si e para os animais, e não sabiam se ficariam vivos até a próxima estação. Faziam, então, um grande banquete de despedida no dia 25 de dezembro. Seguiam-se 12 dias de festas, terminando no dia 6 de Janeiro.

Em Roma, o Solstício do Inverno também era celebrado muitos séculos antes do nascimento de Jesus. Os Romanos o chamavam de Saturnálias (Férias de Inverno), em homenagem a Saturno, o Deus da Agricultura, que permitia o descanso da terra durante o inverno.

Em 274 o Imperador Aureliano proclamou o dia 25 de dezembro, como "Dies Natalis Invicti Solis" (O Dia do Nascimento do Sol Inconquistável). O Sol passou a ser venerado. Buscava-se o seu calor que ficava no espaço muito acima do frio do inverno na Terra. O início do inverno passou a ser festejado como o dia do Deus Sol.

A comemoração do Natal de Jesus surgiu de um decreto. O Papa Júlio I decretou em 350 que o nascimento de Cristo deveria ser comemorado no dia 25 de Dezembro, substituindo a veneração ao Deus Sol pela adoração ao Salvador Jesus Cristo. O nascimento de Cristo passou a ser comemorado no Solstício do Inverno em substituição às festividades do Dia do Nascimento do Sol Inconquistável.

Outras curiosidades estão relacionadas com este dia 25 de dezembro. O calendário que adotamos hoje é uma forma recente de contar o tempo. Foi o Papa Gregório XIII que decretou o seu uso através da Bula Papal "Inter Gravissimus" assinada em 24 de fevereiro de 1582. A proposta foi formulada por Aloysius Lilius, um físico napolitano, e aprovada no Concílio de Trento (1545/1563). Nesta ocasião foi corrigido um erro na contagem do tempo, desaparecendo 11 dias do calendário. A decisão fez com que ao dia 4 de outubro de 1582 sucedesse imediatamente o dia 15 de outubro do mesmo ano. Os últimos a adotarem este calendário que usamos foram os russos em 1918.

O fato interessante desta correção é que o Solstício do Inverno foi deslocado para outra data. Dependendo do ano o início do inverno se dá entre o dia 21 e o dia 23 de dezembro.
A razão fundamental para a comemoração do Nascimento de Jesus no dia 25 de Dezembro se perdeu com essa mudança no calendário. Mesmo assim o Natal continuou a ser comemorado no dia 25 de dezembro.

Para nós, habitantes do Hemisfério Sul, há menos razões ainda para se comemorar o Natal no dia 25 de dezembro. Nesta data vivemos os primeiros dias do verão e não do inverno. Porém, herdamos as tradições cristãs que vieram do Hemisfério Norte.

Mesmo assim vale celebrar este ato de amor maravilhoso de Deus: Deus veio ao mundo e inaugurou uma nova vida entre nós. Este é o motivo da nossa festa. Vamos juntos, povos do norte e do sul, celebrar e festajar o Natal de Cristo, a chegada do amor de Deus ao mundo.

Fonte:http://www.luteranos.com.br/
http://lh4.ggpht.com/_2iDLC8zliko/SS8VHC28AgI/AAAAAAAAEWM/Wp9sYQDVavg/s144/327955539_1570614.gifMuitos Beijos no colaçãozinho de toda(o)s.
Jesus te ama e eu também. Até a volta, Adri Miranda



quinta-feira, 23 de dezembro de 2010

Lenda do Tarumã

Dizem que, há muitos anos, às margens do Rio Calçoene, havia uma pequena aldeia indígena. Era ali que vivia Ubiraci, curumim conhecedor da fauna e da flora. Desde que nasceu, Ubiraci foi abençoado por Tupã com o dom de falar com todos os animais, fossem eles da água, da terra ou do ar, e com todas as árvores, desde as menores até as que cortavam as nuvens e iam fazer sombra no reino de Tupã.

Ubiraci conversava com os bichos e com as árvores, contava-lhes histórias e sabia de tudo o que acontecia no mundo. E foi assim que cresceu em plena harmonia com os elementos, filho da água, da terra e do ar que era.

Um dia, Ubiraci caminhava pela floresta quando descobriu a mais linda indiazinha que seus olhos já tinham visto. Seus cabelos pareciam com as quedas-d’água que despontavam das pedras, onde, por tantas vezes, sentou-se por horas a escutar os pássaros. Seus olhos assemelhavam-se ao anil do céu. Seu rosto jovem lembrava brotos nascendo da terra, ainda indomados. Suas mãos, mágicas, se tocavam o solo, desabrochavam sementes. Se voltadas para o ar, controlavam as chuvas, os ventos e as tempestades. Se apontadas para os rios, domavam as marés, as pororocas e as maresias. Ubiraci, sem saber, havia se apaixonado pela Natureza.

Apaixonado, o índio passou a procurar sua amada por toda parte. Com ajuda dos pássaros, subiu na nuvem mais alta na esperança de vê-la entre os abençoados de Tupã. Vasculhou cada recanto da floresta e acompanhou os peixes na imensidão dos rios, mas nunca voltou a rever sua alma gêmea. Acompanhou a pororoca por entre troncos e barrancos, mas não voltou a vê-la. No entanto, podia senti-la no canto dos pássaros, nas brisas da manhã, na calidez da noite e no sussurro sereno das maresias.

Era tanta a paixão que sentia que Ubiraci se esqueceu de conversar com as árvores, com os animais e com os filhos das águas. O dom que recebeu de Tupã foi perdido para sempre. Ubiraci só se importava em procurar pela amada, que julgava estar perdida em algum lugar do mundo. Ele não entendia que a Natureza estava em todo lugar.

Uma noite, quando o mundo dormia, quando os cantos dos pássaros haviam cessado e não se ouvia murmúrio algum no seio da floresta, Ubiraci avistou a Lua, refletida na água. Imaginou que era naquele mundo que sua amada vivia. Foi tanta a sua felicidade que esqueceu-se de ter perdido seu dom. Mergulhou no rio, mas quanto mais lutava contra a correnteza, mais parecia que a Lua se afastava dele. Foi tanto o esforço que fez que as forças o abandonaram, e Ubiraci sucumbiu à morte. Tupã, compadecido com tanto amor, pediu à Natureza que transformasse Ubiraci em uma árvore, no meio do rio, para que fosse lembrado para sempre. À noite, no entanto, quando a maré subia, a árvore estranhamente desprendia suas raízes do solo e navegava contra a correnteza. Imaginando tratar-se de magia, seus irmãos índios cortaram a árvore, deixando apenas o tronco, mas, mesmo assim, o mistério continuou, e eles, amedrontados, deixaram o local, com medo do tarumã, que, na etimologia indígena, significa o tronco que se move.

Os anos se passaram, Calçoene transformou-se em cidade, mas muitas pessoas juram que, ainda nos dias de hoje, o tronco se move, contra a correnteza, subindo o rio.

Dizem que, quando algum morador depara-se com um amor impossível, faz promessa ao tarumã, deixando sobre ele algum presente ou alguma oferenda. Se o tronco navegar rio acima e retornar vazio, o pedido será realizado.

(Texto: Ney Santos)

Revista Amazon View – Edição 58 – p. 36 e 37.
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Jesus te ama e eu também. Até a volta, Adri Miranda

segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

8º CONCURSO DE REDAÇÃO: GOIÁS NA PONTA DO LÁPIS.


TEMA: Cerrado, o Berço das Águas
REALIZAÇÃO: Tribuna do Planalto – Governo do Estado de Goiás




Parabéns para aluna do 8º Ano B, Leandra Cristina Pereira Teles que conquistou o 3º Lugar da Regional de Inhumas no Concurso de Redação "Goiás na Ponta do Lápis" de 2010.


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Jesus te ama e eu também. Até a volta, Adri Miranda!

sábado, 18 de dezembro de 2010

EDUCAÇÃO_ Desbravando Novos Horizontes